Embaixador da Canon: Ziv Koren



O Programa Embaixadores da Canon Europe é 
uma parceria com alguns dos melhores fotógrafos 
do mundo, que são mestres na sua arte e, tal como 
a Canon, desejam transmitir a sua paixão por 
imagens poderosas.
Ziv Koren considera-se um fotógrafo autodidacta. 
Freelancer durante os últimos 17 anos, as suas fotografias
 conquistaram muitos prémios, incluindo o Picture of the Year,
 o World Press Photo e o Photo District News.
O que tem feito nos últimos tempos?
Dei uma conferência num evento da Canon, em Portugal, e 
fiz uma reportagem sobre uma mulher piloto de combate: 
estou a terminar um projecto com a colaboração do exército
 israelita. Tenho uma relação de 
longa data com eles, por isso, talvez seja o fotógrafo com
 maior facilidade de acesso. Já lá vão 20 anos e eu conquistei
 o seu respeito pelo trabalho que desenvolvi junto da força
 aérea, do exército e da marinha israelitas.
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Soldados israelitas patrulham a área junto à fronteira entre
 Israel e a Faixa de Gaza
Fotografia tirada com EOS-1D Mark III; EF300 mm f/2,8L USM
 + extensor 1,4x, Exposição 1/200, f/5, 420 mm, ISO 200
O que se vê em segundo plano na fotografia?
Eu estava na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza e vi os 
soldados sentados na relva, prestes a entrar em Gaza. 
Não estava inserido na unidade deles. Embora não se veja,
 estão rodeados por um pelotão inteiro. Estavam a uma
 distância considerável de mim, por isso, utilizei a 
EF 300 mm f/2,8L IS II USM e o extensor EF 1,4x II:
 os soldados não se aperceberam de que eu estava a
 fotografá-los. Mesmo quando estou inserido numa 
unidade, nunca crio poses para os motivos. 
Nunca tento mudá-los para conseguir uma fotografia
 melhor; sou totalmente contra isso.
Como protege a sua câmara em condições inóspitas?
(Risos de Ziv) Devo admitir que tento proteger-me mais a
 mim do que ao equipamento, por isso, uso colete à prova
 de balas e capacete! Não utilizo um estojo convencional. 
Trago sempre as duas câmaras comigo e pedi à KATA que
 concebesse uma correia com bolsas especiais para as
 minhas objectivas.
Quando a capacidade de carga é limitada, quais as
 objectivas que leva sempre consigo?
Escolho objectivas específicas para o trabalho em questão, 
mas levo sempre a EF 16-35 mm f/2,8L II USM, 
a EF 24 mm f/1,4L II USM e a EF70-200 mm f/2,8L IS USM
A minha objectiva preferida é a EF 24 mm f/1,4L II USM:
 prefiro aproximar-me do motivo. Isso permite uma composição
 mais forte. Há algo na profundidade entre o primeiro e o 
segundo planos que resulta numa terceira dimensão. E faz 
com que o espectador se sinta parte 
da cena.
Recentemente, experimentei a nova objectiva 
EF 8-15 mm f/4L Fisheye USM. Tem de ser ajustada 
ao motivo com muito cuidado para que o
 enquadramento resulte; caso contrário, 
a objectiva torna-se o centro das atenções.
 Mas é excelente e os resultados são muito nítidos.


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Um dos 500 campos de refugiados montados em Port-au-Prince depois do terramoto devastador no Haiti
Fotografia tirada com EOS-1D Mark IV; EF24mm f/1,4L II USM, Exposição 1/5, f/1,4, 24mm, ISO 12 800
Como foi parar ao Haiti?
Fui para o Haiti logo depois do terramoto, para trabalhar com uma equipa de auxílio israelita. Era um cenário incrível. Esta fotografia foi tirada apenas 4 dias depois do terramoto. Os acampamentos eram constituídos por pessoas que tinham perdido as suas casas ou que receavam que as suas casas viessem a ruir: houve mais de 40 réplicas.
Como lidou com uma luz tão fraca?
A única luz nas tendas era a luz das velas, não havia electricidade. Mas o aumento do intervalo ISO das câmaras, ao longo dos últimos anos, mudou radicalmente a fotografia: foi uma revolução. Há 5 anos, não poderia ter tirado esta fotografia. Gosto de testar os meus limites e os da câmara. O resultado foi uma nitidez suficiente para se ver a um metro de distância.
A fotografia é mais do que imagens fantásticas?
Não encaro a fotografia como uma profissão. É uma obrigação e uma responsabilidade. É uma ferramenta espantosa para transmitir uma mensagem. Fizemos uma exposição das fotografias do Haiti e angariámos mais de $30 000 para a reconstrução de uma escola. Passado um ano, voltei ao Haiti para fotografar as mudanças. Embora haja progressos, o Haiti é extremamente pobre e enfrenta imensas dificuldades. Os acampamentos têm agora uma população superior a 1 milhão. Parecem mais campos de refugiados. A lei e a ordem pioraram bastante. Agora, não poderia tirar esta fotografia. Não seria seguro.
Quais são os seus planos para 2012?
Acabo de regressar do Sul de África, onde estou novamente a trabalhar com a Cruz Vermelha, num projecto relacionado com o HIV. Neste momento, estamos a organizar uma grande exposição; o catálogo será impresso na próxima semana. Enquanto lá estive, tive a oportunidade de usar a nova EOS-1D X. É brilhante, um espanto. Em duas palavras, "não compromete". Tem um sensor de tamanho total, ISO elevado, excelente qualidade dos ficheiros e uma velocidade incrível. Antes, por vezes, levava três tipos de câmara EOS diferentes para os projectos; agora, em vez disso, levo pelo menos dois corpos EOS-1D X.


Entrevista cedida por Canon Portugal

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