Positivo: Pressinto que desta vez vou levar um «coro de assobios» por ter escolhido uma fotografia editada. Estou sempre receptivo às críticas e justificar porque não escolhi determinada fotografia, já que vejo todos as fotografias, analiso-as e voto em todas elas. Ficamos já combinados que aqui existe «livro de reclamações». Mas também chamo a atenção o que a Administração do É-Fotomania frisou: que esta rubrica «tem uma acção pedagógica» e nada mais. As Fotos do Dias são escolhidas por todos, nesta rubrica há um juiz que nem sequer tem colectivo e por isso a opinião solitária é sempre difícil de a tomar, porque só pode escolher uma vencedora. Infelizmente a decisão não é passível de recurso. Aqui está o meu acórdão para a decisão de ter escolhido este trabalho como o meu Click do Dia: Este trabalho tem três factores que contribuíram decisivamente para a considerar alvo de interesse para a comentar e analisar. Comecemos pelo título: «A Torre daquela Igreja». Adorei, e logo me veio à memória o brilhante filme de Miguel Gomes, «Aquele querido mês de Agosto». Uma lufada de ar fresco, este filme. Depois de ler o título fui ao encontro da Torre da Igreja e encontro-a precisamente no sítio certo, se concordarmos com a teoria da «regra dos três terços». Caros colegas eu acredito. Depois, acho que a edição valorizou imenso esta bela paisagem que não sei onde fica, mas que tal como no filme, existe gente que vê a Torre da sua Igreja como um Farol à beira-mar e quem não gosta de Faróis? É uma delícia esta vista aqui deste lado do monitor. A escolha deste dualtone é feliz porque permite dar uma textura suculenta, que não existiria se a fotografia fosse a original. Sou um incondicional defensor da edição da imagem quando é bem-feita e permite melhorar os trabalhos. Sinceramente achei que a edição a melhorou e tornou a imagem com um belo impacto visual. Recapitulo só para não se esquecerem: título cinematográfico, regra dos terços aplicada com rigor e uma edição que valorizou um trabalho que se calhar no seu original era uma banalíssima fotografia acerca de uma Torre de uma igreja. Três razões para uma escolha.
Negativo: O autor(a) foi mauzinho ao não dizer onde fica a Torre desta Igreja. Quem sabe se um de nós não tenha vontade de lá dar um salto para ver «Num querido mês de Agosto»
A minha nota foi 7
Um abraço do,
Jorge Garcia
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