JPG vs RAW – Parte 4/8 – Cores/tons e Dynamic Range

Abordamos no artigo anterior o processo de criação da imagem através da câmera, nos dando a liberdade para conhecer um pouco mais sobre outros assuntos.

Cores/Tons

O formato JPEG de 8 bits que podem conter até 256 tons RGB (Vermelho, Verde e Azul) totalizando 16 milhões de cores, já nas as imagens RAW com 12 bits contêm uma maior quantidade de tons, com “apenas” 4.096 tons RGB ou Vermelho, Verde e Azul totalizando o equivalente a 68 BILHÕES de cores. já é bem superior ao JPEG e ainda caso não tenham ficado satisfeitos já aviso que algumas câmeras já trabalham com 14 bits de informação, nos dando aproximadamente 4,3 TRILHÕES de cores possíveis.

Dynamic Range

Esse termo é muito escutado quando estamos falando de JPEG vs RAW, nada mais é que a faixa dinâmica de detalhes referentes luminosidade (partes escuras até partes claras), seria como se um trabalhasse de 1 a 9 (RAW) e o outro de 3 a 7 (JPEG), sendo que o número 1 seria a áreas de sombras e o 9 as áreas de brilho.
Ter uma “Dynamic Range” (Faixa Dinâmica) maior traz a possibilidade de trabalhar melhor com partes subexpostas e superexpostas no pós-processamento ou até mesmo quando você trabalha com uma imagem que tem os dois extremos.

Subexposição

Fiz um teste de extremo de Subexposição com o Arquivo RAW e JPEG criados ao mesmo tempo, sendo assim com a mesma configuração, e ambos os arquivos foram recuperados com a mesma configuração.
 SUBEXPOSIÇÃO JPG vs RAW – Parte 4/8 – Cores/tons e Dynamic Range
Arquivos JPEG e RAW Criados juntos pela opção “RAW+JPEG L”
da Nikon D200, sendo assim com a mesma configuração. 
Verificando a comparação acima, podemos notar que o arquivo RAW demonstra ter uma maior tolerância com imagens subexpostas, possibilitando o acréscimo aproximado de 2 a 4 pontos de luz (lembramos que quanto menor o ISO utilizado, maior a possibilidade de “recuperação” da imagem).
Já quando olhamos para a o teste com a imagem em JPEG, percebemos que não foi possível uma recuperação ideal da imagem, fazendo com que ela ficasse extremamente danificada a ponto de deixa-la inutilizável.

Superexposição

Assim como na Subexposição o arquivo no formato RAW também mostra uma maior tolerância ao trabalhar com arquivos superexpostos. Na imagem abaixo podemos perceber que o RAW em algumas partes aparenta ser mais escuro.
SUPEREXPOSIÇÃO JPG vs RAW – Parte 4/8 – Cores/tons e Dynamic Range 
Arquivos JPEG e RAW Criados juntos pela opção “RAW+JPEG L”
da Nikon D200, sendo assim com a mesma configuração. 
Ambas as imagens acima estão com o mesmo pós-processamento, o RAW está mais escuro pelo motivo que deixei ambos com a mesma configuração, mas abaixo podemos ver o arquivo RAW devidamente pós-processado.
Arquivo RAW devidamente pós processado1 JPG vs RAW – Parte 4/8 – Cores/tons e Dynamic Range
Arquivo RAW  devidamente pós processado para recuperação da superexposição

Eduardo Guilhon

Eduardo Guilhon é brasileiro, nascido no ano de 1981 e residente na cidade de Florianópolis/SC, atua no mercado através de Ensaios Fotográficos Externos (Books) com especialização em Crianças com Necessidades Especiais (SpecialKids). Sua marca é a utilização de técnicas de iluminação criativa diferenciada conhecida como Strobist mescladas com a luz ambiente. Tem como missão congelar a imagem de forma inovadora, refletindo e registrando com alto desempenho o momento único existente durante todo o trabalho, entregando ao cliente, um pedaço especial de sua vida em forma de fotografias.

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