O Programa Embaixadores da Canon Europe
é uma parceria com alguns dos melhores
fotógrafos do mundo, que são mestres na
sua arte e, tal como a Canon, desejam
transmitir a sua paixão
por imagens poderosas.
A fotografia de reportagem de Brent Stirton
obriga-o a viajar 10 meses por ano. Quando
falámos com ele, estava no seu país natal, a
África do Sul. Mesmo lá, ele estava a trabalhar;
afirma que "Não sou grande adepto de tempo
livre". A sua dedicação deu frutos; só este ano
ganhou dois primeiros prémios no 55º concurso
World Press Photo e um primeiro Prémio de
Excelência no concurso Pictures of the Year
International (POYi).
As suas fotos mostram frequentemente
céus dramáticos. É uma decisão consciente?
Na realidade, é uma consequência de trabalhar
no exterior. As pessoas que fotografo tendem a
passar a maior parte do seu tempo no exterior.
O fotograma vai sempre incluir o céu, e pode ser
um espaço negativo, por isso, tento perceber como
o espaço entre as
pessoas e as estruturas se enquadra no céu.
Utiliza filtros?
Utilizo bastante um filtro polarizador, porque dá um
Utilizo bastante um filtro polarizador, porque dá um
tom mais profundo aos céus. Não é necessário fazer
pós-produção.
© Brent Stirton/Reportagem por Getty Images,
para a Human Rights Watch. Embaixador da
Canon Fotografada com EOS 5D Mark II; EF16-35mm
f/2,8L II USM, a 18mm, Exposição 1/125, f/11,
ISO 400
"Estas são as viúvas da liderança Sobot Land
Defense Force (SLDF). Esta zona tem sido palco
de constantes conflitos de terras entre as Forças
Armadas Quenianas e os homens locais, que
formaram a milícia SLDF para proteger terras
que o governo pretendia dividir e restabelecer
para redistribuição.
Aqui, houve muito desrespeito pelos direitos humanos.
Estas mulheres são inocentes no processo e são
ostracizadas pelo que os seus maridos eram.
Agora, elas ajudam-se mutuamente a sustentar
as suas famílias. É uma fotografia que fala da
solidariedade destas mulheres, e o céu tempestuoso
honra isso.
O céu pode realmente criar um ambiente, e é por
isso que esta imagem funciona para mim.
Utilizamos qualquer emoção relevante para
criar uma imagem. Sem dúvida, o céu
contribui para esse propósito".
© Brent Stirton/Reportagem da Getty Images, para a National Geographic. Embaixador da Canon Fotografada com EOS-1Ds Mark III; EF16-35mm f/2,8L II USM, a 16mm, Exposição 1/250, f/10, ISO 100
"A fotografia foi tirada no Norte do Tombuctu, uma região inóspita de África, a que é difícil e perigoso chegar. As únicas pessoas que lá se encontram são contrabandistas, a al-Qaeda e os nómadas Tuaregues, por isso sou discreto quando estou com eles.
Foi um alívio tirar a fotografia, porque tudo o que estávamos a fazer era muito difícil. Estávamos no fim do Ramadão, e foi ótimo ver o sentimento de alegria destas pessoas. Foi um momento espontâneo numa sociedade em que existem tremendas restrições relativamente a esse tipo de expressão de alegria e celebração.
As formas da foto são ditadas pelos braços erguidos. Embora a roupa seja tradicional, as formas e as cores parecem bastante futuristas. Lembra-me as imagens de Guerra das Estrelas; não são as formas normais que associamos a seres humanos".
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© Brent Stirton/Reportagem da Getty Images, para a National Geographic. Embaixador da Canon Fotografada com EOS-1Ds Mark III; EF16-35mm f/2,8L II USM, a 32mm, Exposição 1/250, f/8, ISO 100
"Esta é uma imagem clássica ao estilo da National Geographic. É sempre importante para os leitores ver onde estamos, por isso, temos de colocar uma imagem focada na paisagem. Esta fotografia é de um artigo sobre o fim das rotas dos camelos. A figura é na realidade o meu condutor, que é Tuaregue e estava a caminhar pela crista da duna em direção ao nosso veículo.
Tassili 'n Ajjer é um lugar tradicional da cultura Tuaregue. Os comboios de camelos costumavam passar e parar lá, mas isso já não acontece. Os camiões assumiram o comando, por isso já não é habitado por aquela cultura. É uma imagem de um homem a afastar-se da sua própria cultura, se quiserem.
Numa grande paisagem como esta, é bom ter as nuvens. Elas contrabalançam a imagem e a geometria torna-se mais interessante. Além disso, não gosto de paisagens vazias; não são suficientemente interessantes para mim. Gosto que elas tenham uma presença. Geralmente, humana, mas mesmo que seja um animal, fico mais feliz do que se estivessem desabitadas".
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